Neste domingo, 27 de julho de 2025, o Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná se prepara para o segundo turno de suas eleições internas, o Processo de Eleições Diretas (PED). A votação, que ocorrerá das 09h00 às 17h00 em 275 cidades do estado, definirá não apenas a presidência estadual, mas também lideranças municipais em importantes cidades como Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Campo Largo.
Em Laranjeiras, após o primeiro turno ocorrido no último dia 6 de julho, onde a chapa “Mudança com Participação” liderada pelo professor Vitor Moraes teria vencido por uma diferença de 6 votos a chapa da situação “Lula 2026” liderada por Elemar Cezimbra, do dia para noite deram um “entendimento” no artigo 20 do PED, onde “se nenhum candidato à presidência alcançar mais de 50% dos votos válidos no primeiro turno, haverá um segundo turno no dia 27 de julho de 2025, com os dois candidatos mais votados”. Diante deste estranho cenário, se definiu a realização deste segundo turno em busca definitiva pela direção do diretório municipal.
Novamente os filiados do PT laranjeirense irão escolher entre a mudança, trazida com chapa do professor Vitor Moraes, apoiada por figuras como o PRF aposentado Silvino Migliorini e por Cleber Sebastião, que tiveram que correr atrás novamente dos votos e dos seus apoiadores. Pelo outro lado, mais uma vez a chapa da situação liderada por Cezimbra quer manter a hegemonia de mais de 12 anos, onde nas três últimas eleições municipais apoiaram chapas compostas por partidos de centro e direita, que tiveram como candidatos o ex-prefeito Berto Silva e o ex-vice prefeito Scarpari (2024), qual se gerou um “racha” e descontentamento, onde muitos votos dos “petistas raíz” cansados de não ver o partido ter uma candidatura própria e sempre de arrasto ao grupo desses mandatários, fizeram um voto útil foram para o atual prefeito Jaison Mendes (União-PR).
A chapa do professor Vitor Moraes vem com uma proposta de diálogo, mas que traga vida própria e resgate da pureza da agremiação nas futuras negociações eleitorais em 2026 – com apoios a deputados petistas – e em 2028 com chapa pura de vereadores de candidatos a prefeito e vice.
Cenário Estadual
Cerca de 104 mil filiados estão aptos a participar deste pleito crucial, que promete moldar os rumos do partido para os próximos quatro anos.
A disputa pela presidência estadual do PT no Paraná se afunilou para um embate entre dois nomes de peso: o deputado federal Zeca Dirceu e o deputado estadual Arilson Chiorato, atual presidente do partido no estado. No primeiro turno, realizado em 6 de julho, Zeca Dirceu emergiu como o mais votado, defendendo a necessidade de "devolver o PT aos filiados e filiadas" e criticando a perda de força do partido no Paraná. Sua campanha ressalta o crescimento do PT em estados vizinhos como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, e a importância de uma participação mais ativa na política, nos movimentos sociais, na educação, saúde e reforma agrária.
Por outro lado, Arilson Chiorato, que busca a reeleição, pauta sua campanha em um "PT de luta e coragem", com foco na reeleição do presidente Lula em 2026 e no combate ao discurso de ódio e antidemocrático da extrema direita bolsonarista, especialmente no Paraná. A polarização entre os dois candidatos reflete as diferentes visões sobre o futuro do partido e as estratégias para enfrentar os desafios políticos atuais.
Cenário nacional
Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva foi eleito presidente nacional do PT em 7 de julho de 2025, com 73,48 % dos votos no Processo de Eleições Diretas (PED) em primeiro turno, superando Rui Falcão, Valter Pomar e Romênio Pereira.
Filiado ao PT desde 1985, Edinho retorna à presidência nacional após ter ocupado o cargo entre 2009 e 2013. Com o apoio público e institucional de Lula e da corrente majoritária CNB, ele assumirá o mandato até 2029. Sua estratégia central é atuar para reeleger Lula em 2026
Como Votar
Para facilitar a participação, o PT disponibiliza um site de consulta (ped2025.pt.org.br/consulta) onde os filiados podem verificar sua aptidão para votar e o local de votação. A votação é presencial e em cédula de papel, garantindo a segurança e a transparência do processo. Após o encerramento da votação, a apuração será realizada pelas comissões eleitorais locais, com a presença de fiscais, e os resultados serão enviados para a totalização na sede estadual do partido em Curitiba.